quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Telegram: muito melhor que o WhatsApp

Telegram: taking back you privacy
Eu nunca entendi muito toda essa hype em torno do WhatsApp, uma vez que, do meu ponto de vista, sempre houveram alternativas melhores: Viber e Skype sempre ofereceram ligações gratuitas via voip, além das mensagens de texto.

O Hangouts do Google, quando chegou recentemente, trouxe uma novidade interessante que foi o acesso web e integração com o Gmail, o que do meu ponto de vista sempre foi muito atraente, pois nunca gostei de ficar "sacando" o celular a cada 30 segundos para responder a uma conversa com alguém. Algumas pessoas viam no Facebook Messanger a mesma utilidade.

Pois eis que chegou o Snowden e suas denúncias relativas à espionagem da NSA e tudo isso se tornou menos atraente: a ideia de governos e indivíduos espionando a sua comunicação pessoal não agrada a ninguém, mesmo àqueles que utilizam esses aplicativos para nada mais do que mandar a lista de compras para o companheiro(a) ao sair do trabalho.

O Facebook nunca foi famoso pelo respeito à privacidade dos seus usuários; e agora que o WhatsApp foi comprado pelo Facebook, ele perdeu ainda mais atrativos para mim.

A alternativa


Já estou utilizando o Telegram há algum tempo e gostando bastante. Ele não recursos de ligação via voip, mas cumpre a função do WhatsApp com diversas vantagens e possui foco na privacidade (até o site é https por padrão):

  • as mensagens são criptografadas de ponta a ponta
  • possui recursos semelhantes ao SnapChat, onde você cria uma sala privada e decide depois de quanto tempo o conteúdo vai se destruir: sem histórico, sem vestígios e sem armazenamento nos servidores.
  • tem o código aberto e uma API aberta, o que faz com que qualquer um possa implementar um app do Telegram seja em que plataforma for.
  • por conta disso, ele possui acesso web e via aplicativo desktop

Se tudo isso não bastasse, os autores do projeto criaram um novo protocolo que consegue ser extremamente rápido, apesar da criptografia. Você envia e a mensagem chega rapidinho, mesmo em conexões do tipo EDGE. Os criadores estão tão confiantes na tecnologia, que lançaram um desafio para  pagar 200 mil dólares para qualquer um que conseguir quebrar a segurança do protocolo.

Os builds oficiais do projeto são para Android e iOS, mas já há implementações para a Web, Windows Phone, extensão para Chrome e até aplicativos de linha de comando para o Linux.

Tudo isso sem anúncios e com a garantia de que ele nunca será cobrado. Algo que é ainda mais promissor e um grande passo em direção à uma maior privacidade e liberdade é a promessa de que também o código server side do programa será gradualmente liberado, na medida que o desenvolvimento for avançando, pois trata-se ainda de um programa em estágio beta.

Por todas essas razões, eu creio que o Telegram tenha grandes chances de se tornar um protocolo padrão para o envio de mensagens utilizando a Internet e dispositivos móveis. Se você se preocupa com a sua privacidade, deve pensar seriamente em dar uma chance para utilizar o Telegram.

O funcionamento é o mesmo do WhatsApp e após a instalação ele perguntará qual o seu número de telefone e enviará um SMS para confirmar se o número é mesmo seu. Após a confirmação você poderá ver quais pessoas que possui na agenda do seu telefone que já tem o Telegram instalado.

 Se quiser conhecer mais sobre o Telegram, o protocolo criado ou a tecnologia envolvida, acesse o site do Telegram e não deixe de ler a seção FAQ: www.telegram.org.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cedilha no Ubuntu 13.10 com teclado americano

Há um tempo atrás um amigo me relatou que havia instalado o Ubuntu 13.10 numa máquina com teclado americano e que não conseguia fazer cedilha (ç) com ele. Não consegui reproduzir o relatado em nenhuma das minhas máquinas e acabei sugerindo para ele algumas soluções que encontrei na Internet na época do lançamento.

Recentemente, atualizei uma máquina minha que ainda estava na versão 12.04 e tive exatamente o mesmo problema. Só consegui resolvê-lo quando tentei diversas soluções que encontrei dispersas na Internet.

Relato aqui na tentativa de ajudar alguém com o mesmo problema:

Abra os arquivos com o editor de texto da sua preferência

/usr/lib/x86_64-linux-gnu/gtk-3.0/3.0.0/immodules.cache
/usr/lib/x86_64-linux-gnu/gtk-2.0/2.10.0/immodules.cache

Obs: se você estiver utilizando uma versão 32 bits do Ubuntu, provavelmente terá que substituir "x86_64" no caminho acima, por "x386".

Em ambos os arquivos, altere a linha:

"cedilla" "Cedilla" "gtk20" "/usr/share/locale" "az:ca:co:fr:gv:oc:pt:sq:tr:wa"
para:
"cedilla" "Cedilla" "gtk20" "/usr/share/locale" "az:ca:co:fr:gv:oc:pt:sq:tr:wa:en"

Execute os comandos abaixo no seu terminal:

sudo cp /usr/share/X11/locale/en_US.UTF-8/Compose /usr/share/X11/locale/en_US.UTF-8/Compose.bakup
sed 's/ć/ç/g' < /usr/share/X11/locale/en_US.UTF-8/Compose | sed 's/Ć/Ç/g' > Compose
sudo mv Compose /usr/share/X11/locale/en_US.UTF-8/Compose

force o carregamento dos módulos adicionando as seguintes linhas ao seu arquivo /etc/environment:

GTK_IM_MODULE=cedilla
QT_IM_MODULE=cedilla

reinicie o computador para que as modificações tenham efeito.
Se tiver sucesso, por favor, deixe um comentário no post relatando a sua experiência.

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